Logística 5.0: tecnologias para humanos

A Logística 5.0 surge como uma evolução marcante na gestão da cadeia de suprimentos, alinhada ao conceito de Sociedade 5.0, introduzido no Japão em 2017. Nessa visão de organização social, tecnologias como big data, internet das coisas (IoT) e inteligência artificial são empregadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Assim, a Logística 5.0 propõe o uso dessas tecnologias para convergir o espaço virtual e físico, criando soluções inovadoras com foco nas necessidades humanas. Esta nova abordagem busca otimizar as operações logísticas, colocando o cliente no centro das atenções.

Confira neste artigo os pilares deste novo conceito e quais tecnologias estão relacionadas a ele.

O que é Logística 5.0?

A Logística 5.0 nasce a partir do conceito de Sociedade 5.0, criado no Japão e publicado pelo governo em documento oficial em 2017. Nesta ideia de organização social, tecnologias como big data, internet das coisas (IoT) e inteligência artificial, são usadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Assim, este conceito de sociedade propõe usar as tecnologias criadas pela indústria 4.0 para convergir o espaço virtual e físico, a fim de criar soluções inovadoras com foco em pessoas.

Dessa forma, a Logística 5.0 é a mais recente evolução da gestão da supply chain e tem foco em usar tecnologias inovadoras a fim de otimizar operações logísticas com foco nas necessidades humanas, dos clientes.

Confira a seguir os pilares da Logística 5.0.

Pilares da Logística 5.0

A Logística 5.0 é uma evolução da gestão da cadeia de suprimentos, que sempre busca integrar tecnologias emergentes para otimizar processos. Esta abordagem mais holística possui três pilares. O primeiro, você já sabe: fator humano. Além dele, há ainda a resiliência e a sustentabilidade.

Colaboração humano-máquina

Se a Logística 4.0 destaca a importância da digitalização e automação de processos, a Logística 5.0 resgata um fator fundamental para o sucesso da cadeia de suprimentos: a colaboração humano-máquina. Afinal, dados por si só não tomam decisões e nem agregam insights de valor para o negócio – é preciso um humano por trás.

Por isso, é importante investir em treinamento e capacitação constante de colaboradores para que estejam engajados e aptos para atuar com tecnologias emergentes. Além das hard skills, é importante valorizar e investir no desenvolvimento de soft skills importantes para a eficiência operacional, como capacidade analítica.

Resiliência e habilidade de lidar com imprevistos

A resiliência, no campo da psicologia, é a capacidade de se adaptar e superar situações adversas. É como a flexibilidade mental e emocional de uma pessoa diante de desafios e imprevistos.

A capacidade de se adaptar a interrupções inesperadas nos processos logísticos e na cadeia de suprimentos é fundamental para o sucesso a longo prazo, sobretudo depois que o mundo enfrentou os desafios da pandemia de COVID-19. Por exemplo, escassez de matéria-prima ou imprevistos relacionados ao clima exigem sistemas logísticos flexíveis, com redes de fornecimento diversificadas. Mais do que isso, é preciso ter capacidade de tomar decisões rápidas e assertivas, baseadas em dados.

Sustentabilidade como pré-requisito

A preocupação das atividades empresariais e industriais com o meio-ambiente deixou de ser um diferencial. Agora, a adoção de práticas voltadas para mitigar o impacto ambiente e social das operações logísticas é pré-requisito, tanto para fins de exigências governamentais como para o consumidor final.

Na prática, isso envolve a adoção de medidas e tecnologias que reduzam as emissões de carbono e minimizem o desperdício, como a roteirização inteligente para redução de emissão de gases de efeito estufa por parte dos veículos de transporte.

A sustentabilidade ainda vai além da questão ambiental e aborda aspectos sociais, como assegurar um ambiente de trabalho justo para funcionários ao longo de toda a cadeia de suprimentos.

Ações que compõe este pilar são a adoção de políticas que garantem boa saúde mental e qualidade de vida para motoristas, investimento em iniciativas comunitárias impactadas pelas operações da empresa, entre outros. 

Tecnologias da Logística 5.0

As tecnologias que fazem parte dos processos de Logística 5.0 não são novidade no mercado – elas ocupam listas de tendências há 10 anos. A grande novidade é a forma de usá-las: com centralizada nas necessidades humanas, resiliência e sustentabilidade.

Apesar de não serem surpresa, muitas empresas ainda contam com processos manuais e não passaram pela transformação digital em todas as suas áreas, correndo risco de abrirem mão da sua competitividade no mercado.

Veja quais tecnologias sua empresa precisa adotar nos processos logísticos para adotar a Logística 5.0:

• Inteligência Artificial
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A IA é um vasto campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que dependiam de atuação humana. Algumas aplicações desta tecnologia são a análise preditiva para identificar padrões, otimização de rotas para redução de custos, automação de tarefas repetitivas e implementação de atendimento automatizado.

Por exemplo, recentemente a gigante varejista Amazon divulgou como tem usado IA para minimizar a distância entre produtos e clientes. A empresa já usava IA para mapeamento e planejamento de rotas, e agora estão usando a tecnologia em inventários para aumentar a velocidade de suas entregas.

O objetivo da iniciativa é entregar produtos aos clientes a partir de pontos de distribuição mais próximos, em vez de locais distantes. Isso requer análise preditiva para antecipar a demanda do produto e determinar o posicionamento ideal do inventário.

• Internet das Coisas
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Já a internet das coisas tem o propósito de conectar dispositivos físicos à internet, permitindo o monitoramento em tempo real de produtos e processos. Esses dispositivos vão desde smartwatches a sensores de rastreamento.

A DHL, empresa de logística, usa estes sensores para rastrear sua frota e cargas. Além disso, a DHL usa algoritmos de aprendizado de máquina para prever demandas futuras e ajustar sua frota de acordo.

• Big Data
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O Big Data é um conjunto de dados extremamente grandes e complexos que superam a capacidade de processamento e análise dos sistemas tradicionais de gerenciamento de dados. Esses dados têm diferentes formatos, como vídeos, textos, áudio, imagens, documentos de texto, códigos, entre outros.

Ao coletar e analisar grandes volumes de dados, as empresas podem prever a demanda com mais precisão, otimizar rotas de entrega e até mesmo personalizar as entregas de acordo com as preferências dos clientes.

• Robótica:
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A robótica é o uso de robôs programados para executar tarefas autônomas ou controladas por um operador humano. Na logística, existe uma variedade destes dispositivos, incluindo aqueles especializados em picking, packing e transporte. Cada vez mais armazéns e centros de distribuição contam com eles para aumentar a eficiência e a segurança. Esses robôs trabalham em conjunto com os funcionários humanos para acelerar o processo de coleta e embalagem de produtos, além de reduzir o risco de lesões ocupacionais.

Recentemente, a Uber no Japão fez uma parceria com uma empresa de robótica e vai começar a fazer entregas do Eats com robôs autônomos de calçadas. O país será o primeiro mercado internacional a contar com este tipo de entrega.

Dica extra: automação de tarefas

Tanto o conceito de Logística 4.0 como as tecnologias citadas anteriormente, trazem um aspecto fundamental para o sucesso das operações logísticas a longo prazo: automação de tarefas repetitivas.

A automação de tarefas logísticas, impulsionada por tecnologias avançadas como robótica e sistemas de automação, permite às empresas automatizar processos repetitivos e manuais, aumentando a eficiência e reduzindo erros.

Um desses exemplos é a roteirização feita por IA, que revoluciona a forma como as empresas planejam e executam suas entregas. Com algoritmos avançados e análise de dados em tempo real, as empresas podem otimizar rotas de entrega, minimizar o tempo de viagem e reduzir os custos operacionais. A IA pode levar em consideração uma variedade de fatores, como condições de tráfego, horários de entrega, preferências do cliente e restrições de veículos, para determinar a rota mais eficiente para cada entrega.

Isso otimiza a operação a curto prazo e traz reduções de custos de médio e longo prazo, tornando essa operação mais sustentável financeiramente e eficiente.

Essas tecnologias não apenas aumentam a eficiência das operações logísticas, mas também melhoram a experiência do cliente. Entregas mais rápidas e precisas resultam em clientes mais satisfeitos, aumentando a fidelidade e a probabilidade de recompra. Além disso, a automação e a roteirização feita por IA ajudam as empresas a se destacarem em um mercado competitivo, oferecendo um serviço mais ágil e eficiente do que a concorrência.

Em resumo, na era da Logística 5.0, a automação de tarefas logísticas e a roteirização feita por IA desempenham um papel crucial na transformação e modernização das operações logísticas. Ao adotar essas tecnologias, as empresas podem melhorar a eficiência, reduzir os custos operacionais e oferecer uma experiência superior aos clientes, posicionando-se para o sucesso em um mercado cada vez mais exigente e competitivo.

Conclusão

A era da Logística 5.0 exige que as empresas não só integrem tecnologias de ponta nas operações, mas mantenham o foco em atender as necessidades dos clientes.

Para ficar por dentro das últimas tendências e tecnologias da Logística 5.0 e garantir que sua empresa esteja preparada para enfrentar os desafios do mercado atual, fale com nossos especialistas e conheça o portfólio da Pathfind.

Nossas soluções são projetadas para integrar tecnologias de ponta, como inteligência artificial e big data, oferecendo uma abordagem centrada no ser humano, na resiliência e na sustentabilidade.